Como é de se fazer notar, não cumpri a ideia que tinha prometido fazer. Com a escola, os testes, preparação para os exames e o desporto, não tenho tido tempo nenhum para vir cá. Precisava de desabafar e à muito tempo que quis vir cá, mas nunca vinha, por preguiça e medo também. Dia 21 de Abril de 2013 tive a tal visita de estudo a Cantanhede, para o qual eu estava ansiosa de ir, e porquê? Porque o António estaria lá, à minha espera, para me ver. De facto, estava bastante nervosa, e notou-se. Assim que o vi, a vergonha passou a um nível superior ao que estava à espera. Bochechas a corar, o tal tique de mexer no cabelo e não o olhar diretamente nos olhos, típico. Sinceramente, não estava com boa disposição e admito que, apesar de tudo, não foi a melhor altura para finalmente o conhecer. Estava mal disposta, com calor e ter saído do museu para o ir ver, talvez não tenha sido a melhor solução, mas a verdade é que o vi, e gostei de o ver, de o conhecer, sorri com as parvoíces dele, sorri por causa do sorriso dele, enfim, tudo de uma maneira muito simples ficou marcado para sempre. Recentemente, tivemos a pior discussão, por causa dos meus ciúmes. Quando nos conhecemos (via facebook) eu tinha-lhe dito que era uma pessoa ciumenta, nada de exageros, mas que era um pouco. O que eu nunca pensei era ter ficado ''apanhada'' por ele desta forma, vir a ter verdadeiros sentimentos por ele, o que levou a esta discussão. Tudo começou depois de nos vermos. Primeiro que tudo, não nos despedimos como deve ser. Depois, quando já estávamos a falar por mensagens, ele disse-me que eu estava estranha, diferente, disse-me também que estava arrependido pelo erro que tinha cometido tempos atrás. Eu perdoei-lhe, de certa forma porque ele merecia,
mas perdoar não significa esquecer. Além disso, ele disse-me algo de que eu não estava minimamente à espera que acontecesse: ele disse que me amava. Porquê? Porquê? Sim, eu adorei quando ele me disse aquilo, tocou-me, mas, ele magoou-me, fez-me chorar, e só depois disso é que se apercebeu do que estava a perder? Sempre disseram que
só damos valor quando perdemos, e pelos vistos, é verdade. Ele nunca me perdeu, só me afastou da vida dele, mas parece que ele fez de propósito. Fez com que eu tivesse sentimentos fortes por ele, fez-me acreditar que ele era diferente de todos os outros rapazes com quem eu tinha estado (e não deixa de ser), magoou-me e arrependeu-se. Depois disto tudo, ou antes, já não me recordo, disse que estava arrependido de não me ter beijado no dia em que nos vimos. Não me perguntem porque é que ele não me beijou, não me perguntem porque é que ele me queria beijar, porque é que ele me deveria ter beijado, porque, sinceramente, eu não sei. Não sei mesmo. Quanto à nossa discussão (que digamos que começou a partir disto, como já tinha referido), o António publicou um estado no facebook a dizer: Adoro quando empresto o meu ''cap'' às raparigas e ele fica com o cheiro delas.'' Não tenho razão? Por favor, disse-me aquilo tudo, de que estava arrependido, de me pedir desculpa milhares de vezes e depois deparo-me com isto. Não está correto, não estou habituada. Ele tinha-me dito que não era um rapaz ciumento, e eu não me importo com isso, mas acho que ele deveria (sendo ele ''meu amigo especial, sentimentos confusos'') proteger-me e não o faz. E eu disse-lhe para ele ir emprestar o ''cap'' dele às raparigas, para este ficar com o cheiro delas, e pronto, gerou-se a confusão. Talvez não o deveria ter dito, mas já tinha tudo acumulado e simplesmente explodi. Mereceu aquilo, mereceu aquelas palavras, mereceu saber que estava com ciúmes, chateada, zangada e principalmente, desiludida com ele. Desde então que não dirigimos mais a palavra um ao outro. Será que o orgulho é mais forte do que a saudade? Talvez seja, neste caso parece-me que sim. Eu tenho saudades de falar com ele, admito. Quantas vezes não escrevi uma mensagem para lhe mandar, mas acabei por apagar tudo? Imensas. Desta vez, acho que ele deveria pedir-me desculpa e assumir que estava errado. Talvez eu esteja a fazer mal ao não lhe dizer nada, mas também não quero parecer fraca e ele vai reparar que tinha saudades dele. Pior, eu não quero voltar a fazer o que fiz à tempos atrás, com o rapaz que eu amei toda a minha vida. Desta vez, hum, desta vez, eu não vou mostrar o meu lado fraco, prefiro ser orgulhosa do que sofrer. Depois deste desabafo, vou-me deitar e preparar-me para mais uma noite de sono, que amanhã, mais um teste para fazer. 00:40, 31 de Maio de 2013